© Joana Rodrigues
TIMBER é uma viagem às profundezas da nossa existência, uma visita a cada recanto que deixámos de visitar devido ao medo, ignorância ou abandono de nós mesmos. Uma desconexão pessoal daquilo que nos une à nossa única e autêntica natureza.
TIMBER é um ritual que anseia por uma resposta urgente à auto-destruição que temos construído ao longo dos anos. As premissas e valores que considerámos indicadores válidos de progresso não valem nada. O ritmo que retumba na madeira repetitivamente, criando um transe hipnótico que simboliza o desejo de quebrar as barreiras que limitam o ser humano, mergulhando na liberdade que cada um vê à sua maneira, agitando a sua própria bandeira.
TIMBER é uma tentativa final de reaver a nossa conexão com o mundo vivo, que tem as suas próprias dinâmicas ditadas pela luz e escuridão, dia e noite, pelo tempo, que tem o seu próprio ritmo, que vai para além do nosso controlo. Aceitar ou morrer. Entrar ou sair. Integrar ou dividir.
Nas palavras do Liliana Oliveira (bailarina de TIMBER):
Saltava o meu coração a deslizar pelo chão, sempre a cair, e não voltava ao sítio. Agarravas o meu cabelo e torcias os dedos, que ondulavam meio dos meus caracóis, o pé sentava no meu colo. E o entrelaço do sangue fê-lo imperador suava de branco com o loiro que luzia do ouro que foi chamado pelas pirâmides.
O destino que traça o coração não tem dever de ser treinado como um ogre que com um nariz grande pélvis atirado para mim e gosto com prazer do movimento. A salsa é parte comida e dança, mas sou espanhol e o terror que aparece aos teus olhos mostra um sorriso que separa os monges da igreja o preto escurece o dia e a mecânica que compõe o carro continua ativa no cabelo de unha pintada a girar como a roda que gira eternamente.
Making off, YouTube:
Teaser, YouTube:
Momento de ensaio: https://www.facebook.com/257285917617662/videos/2161073850866369/?__so__=channel_tab&__rv__=all_videos_card
Rodrigo Olivan Fundador da ROPA – Roberto Olivan Performing Arts – e diretor artístico e fundador do Festival Deltebre Dansa, o coreógrafo catalão iniciou a sua formação no Institut del Teatre, em Barcelona, e na P.A.R.T.S, em Bruxelas. Deu os primeiros passos como intérprete profissional na Companhia de Dança Rosas, dirigida por Anne Teresa De Keersmaeker, e dançou sob a direção de Robert Wilson, Tom Jansen e Josse de Pauw, entre outros. Com vários prémios e nomeações atribuídos, atualmente Roberto Olivan trabalha como coreógrafo para diversos projetos e leciona workshops a nível mundial, trabalhando, também, como coreógrafo e intérprete na indústria do cinema, para além de integrar a direção artística de importantes eventos culturais e ser júri em competições de dança.
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Temporada 2021/2022
Dança / M12 – 60 minutos
Direção: Roberto Olivan
Assistente de Ensaios: Cátia Esteves
Criação e Interpretação: Joana Couto, João Cardoso/Ilan Gratini, Lara Serpi, Liliana Garcia, Liliana Oliveira e Ricardo Machado
Música: Michael Gordon
Direção Musical: Miquel Bernat
Interpretação Musical: Drumming Grupo de Percussão: André Dias, Daniel Araújo, João Miguel Simões, Jorge Pereira, Miquel Bernat e Pedro Góis
Desenho de Luz: Ricardo Alves
Figurinos: Pedro Azevedo
Técnico de som: Suse Ribeiro
Produção: Companhia Instável
Produção Executiva: Rita Santos
Co-produção: Theatro Circo
Apoio: Mostra Espanha 2019, Embaixada de Espanha em Lisboa, I-Portunus
A Companhia Instável é apoiada pela República Portuguesa – Cultura / Direção- Geral das Artes e pelo programa “Bolsas para a formação Fundação GDA”.